Saudades
Saudades! Sim... talvez... e porque não?...
Se o nosso sonho foi tão alto e forte
Que bem pensara vê-lo até à morte
Deslumbrar-me de luz o coração!
Esquecer! Para quê?... Ah! como é vão!
Que tudo isso, Amor, nos não importe.
Se ele deixou beleza que conforte
Deve-nos ser sagrado como pão!
Quantas vezes, Amor, já te esqueci,
Para mais doidamente me lembrar,
Mais doidamente me lembrar de ti!
E quem dera que fosse sempre assim:
Quanto menos quisesse recordar
Mais a saudade andasse presa a mim
Saudades! Sim... talvez... e porque não?...
Se o nosso sonho foi tão alto e forte
Que bem pensara vê-lo até à morte
Deslumbrar-me de luz o coração!
Esquecer! Para quê?... Ah! como é vão!
Que tudo isso, Amor, nos não importe.
Se ele deixou beleza que conforte
Deve-nos ser sagrado como pão!
Quantas vezes, Amor, já te esqueci,
Para mais doidamente me lembrar,
Mais doidamente me lembrar de ti!
E quem dera que fosse sempre assim:
Quanto menos quisesse recordar
Mais a saudade andasse presa a mim
FLORBELA ESPANCA
Não é certamente este o sentido do quadro mas em face das ideias que já trocámos quis publicá-lo.
Deixo para as poucas pessoas que me visitam o poema e as imagens e deixo para continuação de con-
versa o primeiro quadro que me deixa um pouco intrigado com as vendas nos olhos dos lobos.
Vou pensar.
CHRIS MORRIS
Florbela Espanca poema muito sentido E MUITO BONITO
ResponderEliminarSaudades! Sim...... talvez. e porque não?
Se o nosso sonho foi tão alto e forte
IMAGENS QUE NOS FAZEM PENSAR
Tudo brilha ao clarão do Céu
Vou eu tb pensar
Um abraço amigo Chis
Sim, saudades...
ResponderEliminarÉ do ponto cego do fundo da nossa retina que podemos enxergar... Alí se formam as imagens...
Talvez a saudade seja esse ponto cego à partir do qual se formam as imagens que sustentam o nosso olhar sobre nossa vida... também penso que os lobos têm se estar vendados para que possamos lançar uma luz sobre o que destacaremos como nossas lembranças que nos trazem saudades.
Quando escrevi o poema inicial, por certo, os lobos estavam de olhos bem abertos, depois, com calma, pude vendar-lhes os olhos... E digo-te tenho saudades...E quase, tenho saudades de ter saudades, aquela saudade de mim mesma!
Um abraço