quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Saudades

Saudades! Sim... talvez... e porque não?...
Se o nosso sonho foi tão alto e forte
Que bem pensara vê-lo até à morte
Deslumbrar-me de luz o coração!

Esquecer! Para quê?... Ah! como é vão!
Que tudo isso, Amor, nos não importe.
Se ele deixou beleza que conforte
Deve-nos ser sagrado como pão!

Quantas vezes, Amor, já te esqueci,
Para mais doidamente me lembrar,
Mais doidamente me lembrar de ti!

E quem dera que fosse sempre assim:
Quanto menos quisesse recordar
Mais a saudade andasse presa a mim

FLORBELA ESPANCA


Não é certamente este o sentido do quadro mas em face das ideias que já trocámos quis publicá-lo.
Deixo para as poucas pessoas que me visitam o poema e as imagens e deixo para continuação de con-
versa o primeiro quadro que me deixa um pouco intrigado com as vendas nos olhos dos lobos.
Vou pensar.

CHRIS MORRIS